terça-feira, novembro 29, 2005
"(...) Eram bonitos juntos, diziam as moças, um doce de olhar.
Sem terem exatamente consciência disso,
quando juntos os dois aprumavam ainda mais o porte e,
por assim dizer,
quase cintilavam,
o bonito de dentro de um estimulando o bonito de fora do outro e vice-versa.
Como se houvesse,
entre aqueles dois,
uma estranha e secreta harmonia."
segunda-feira, novembro 28, 2005
quinta-feira, novembro 24, 2005
quarta-feira, novembro 23, 2005
terça-feira, novembro 22, 2005
segunda-feira, novembro 21, 2005
sábado, novembro 19, 2005
sexta-feira, novembro 18, 2005
Da chuva...
"Ela então,
certo dia,
olhando a chuva fustigar as vidraças da varanda,
e as pessoas normais,
livres,
que lá embaixo,
na rua,
podiam experimentar a fúria do tempo,
a violência e a doçura de todas as coisas da vida,
escancarara as portas da varanda,
deixando que a chuva a molhasse,
a repassasse,
a violasse.
Os lábios e as narinas fremiam-lhe de volúpia."
(Fernando Namora)
terça-feira, novembro 15, 2005
segunda-feira, novembro 14, 2005
Do que virá...
"Como tem mudado o tom desta narrativa!
Perco as rédeas dos meus nervos.
A unidade do que somos - é tão fácil perdê-la.
Dá-me a idéia de que me pegaram pela mão,
arrastando-me para uma feira alucinante de surpresas.
Quem entra na roda,
subindo,
descendo e cabriolando sem o querer,
só poderá parar,
recuperar-se,
quando a roda parar também.
E a desconexão dos factos?
Sinto-a,
mesmo sem a ir averiguar no que aí fica escrito.
As vozes da coerência ensurdecem nestas malhas de neblina,
ficam só audíveis os gritos."