Da chuva...
"Ela então,
certo dia,
olhando a chuva fustigar as vidraças da varanda,
e as pessoas normais,
livres,
que lá embaixo,
na rua,
podiam experimentar a fúria do tempo,
a violência e a doçura de todas as coisas da vida,
escancarara as portas da varanda,
deixando que a chuva a molhasse,
a repassasse,
a violasse.
Os lábios e as narinas fremiam-lhe de volúpia."
(Fernando Namora)
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