Do que vem por aqui...

Delas...

De mais chuva...

De uma tarde no mato...

Do que se perde...

De personas...

De mais um boteco? De mais uma balada?

Das coisas...

Choveu muito.

Fui pra rua.

Tomei um banho dela.

De propósito.

Na varandinha do assobradado.

Cheia de manjericão, alecrim, hortelã, violetas, orquídea e amor-perfeito.

E bulbos de tulipas,

Me deixei molhar mais.

Minha dor de cabeça é diária.

Meu pai está morrendo.

O homem que bem ou mal tentou me criar.

Tentou.

Não foi guerreiro.

Não foi desbravador.

Foi da esquerda.

Carrega mágoas. 

Carrega  uma estranha (sic) insanidade.

A fera foi domada.

Eu peço praia diariamente.

Está tudo pesado e confusão por aqui.

Mais uma vez.

Eu preciso é de mar e de chuva.

Diariamente.

De quem sobe a ladeira...

Das meninas...