Das trocas...

Amanhã é Junho.

Já é inverno no outuno.

Os loiros coram.

Os morenos empalidecem.

É tudo lindo.

Exceto a gripe.

E eu assim,

indo,

com o vento gelado.

Do que quero, do que tenho...

Quero Hill,

e estou cheio da louca da Bjork na mente.

E de Coldplay também.

Mudar agora não me fez bem.

Não busquei o que não é meu.

Ciganos no mundo.

Este é o lugar.

Lugar?

A praia tá distante.

Chegou um frrrrrrio.

Outono.

E hoje minha amiga disse,

assim,

do nada,

dentro um metrô lotado:

"- Como é louco viver, né?"

Voltei a ler Rubem Fonseca.

Dos librianos no "Copa"...

Paty "tipo socialite" e eu.

De nós... no RJ...

Eu e meu "louco e lindo" amor em Copa.

Paraíso dos trópicos e glam armado no hotel.

Ficção e realidade e ficção e ficção.

Encontros e Desencontros.

Saímos um pouco depois,

só um pouco depois do necessário.

E então ressaca curada na areia da praia.

Das praias.

De Copa ao quase Leblon.

Chuva paulistana em terras cariocas.

Uma quase vontade de não voltar.

Mas depois de Bebel Pitanga Monroe...

Depois do filho da Marion...

O Rio ainda é lindo.

E então o Hotel Marina acende pra nós...

E um showzinho pessoal no Arpoador...

Se vou não volto.

Agora eu entendo.

"O hotel Marina quando acende

Não é por nós dois

Nem lembra o nosso amor

Os inocentes do Leblon..."

De Chico...

Do céu...

Ontem,

sete minutos atrás,

devorei a Trilogia Fálica da Fuentes,

enchi mamãe de rosas,

luz e figurino para a Hanky Panky,

banho de lima pra titia

e um pouquinho de passado pra mim.

Caminho por ali e sinto forte.

Sinto dentro.

O céu é mais escuro e os sons são mais altos,

Intensos.

Vejo tudo sem alterações adolescentes.

Eu.

Homem.

Caminho ali na vertigem.

Sopra um vento mais frio.

Vertigem de novo.

Estou ali em cada canto.

Não me atrevo a passar por aquela rua.

O céu é outro e mais perto.

Indiscutivelmente.

Corro pra casa e engulo florais.

Para desarrumar esses céus.

Diferentes céus.

Um de lá (longe).

Um de cá (agora).

Dos momentos preciosos de um domingo precioso...

Arte das panelas na mesa.

Arte das flores na flor

Arte de ser mãe, e mãe.

Arte de sorrir pequeno num peito gigante.

Do Ventoforte...

Das novas parcerias...

Dos excessos or something like that...

Nós na Virada.

Cauby de longe.
Ed de lado.
Nós de frente.
Foi "O Cadarço..."
Veio a "A Centopéia..."
Eu cheio de exageros.
Todos eles.
Gruli jazzístico.
Falta o mar.
Adorno. O mar.
Porque não sossego.
Nem o mar.
Nem a alma.
Nada.